Oluwatosin Tolulope Ajidahun explica que a infertilidade secundária é um desafio que afeta casais que já conseguiram ter um filho anteriormente, mas encontram dificuldades para engravidar novamente. Essa condição, apesar de comum, ainda gera surpresa e ansiedade, pois muitas pessoas acreditam que, após uma gestação bem-sucedida, sempre será simples conceber outra vez. No entanto, compreender os mecanismos que envolvem esse quadro é fundamental para orientar decisões e buscar alternativas médicas eficazes.
O que é a infertilidade secundária
De acordo com especialistas, a infertilidade secundária é caracterizada pela ausência de gravidez após um ano de tentativas regulares, sem uso de métodos contraceptivos, em pessoas que já tiveram pelo menos uma gestação anterior. Esse cenário pode envolver tanto mulheres quanto homens, estando relacionado a fatores hormonais, alterações anatômicas, envelhecimento reprodutivo ou problemas de saúde adquiridos ao longo da vida.
Entre as mulheres, são frequentes condições como endometriose, síndrome dos ovários policísticos, baixa reserva ovariana e alterações tubárias. Já nos homens, podem ocorrer mudanças na qualidade dos espermatozoides, presença de varicocele ou infecções genitais. Além disso, o fator idade exerce influência significativa, reduzindo progressivamente as chances de concepção em ambos os sexos.
Principais causas da infertilidade secundária
Segundo Tosyn Lopes, as causas da infertilidade secundária podem variar bastante e, por isso, é essencial analisar cada casal de forma individualizada. A idade avançada é um dos pontos de maior impacto, já que, a partir dos 35 anos, a fertilidade feminina declina de forma acelerada, enquanto a masculina também sofre alterações gradativas.

Alterações hormonais que interferem na ovulação ou na produção de espermatozoides, doenças adquiridas como diabetes, obesidade, problemas autoimunes e distúrbios da tireoide também podem estar envolvidas. Adicionalmente, complicações resultantes de cirurgias ou infecções pélvicas podem afetar o funcionamento das trompas, e hábitos de vida como tabagismo, consumo excessivo de álcool e estresse crônico têm impacto direto na saúde reprodutiva.
Como é feito o diagnóstico
Ressalta Oluwatosin Tolulope Ajidahun que o diagnóstico da infertilidade secundária deve envolver tanto a mulher quanto o homem, considerando a natureza multifatorial da condição. Os exames mais comuns incluem avaliação hormonal detalhada, ultrassonografia transvaginal, histerossalpingografia para verificar a integridade das trompas, espermograma para analisar a qualidade seminal e, em situações específicas, testes genéticos que ajudam a identificar alterações invisíveis a exames convencionais.
Além da investigação clínica, torna-se fundamental considerar o histórico gestacional anterior. Complicações como partos difíceis ou cesarianas podem ter deixado sequelas capazes de impactar a fertilidade futura. Esse olhar atento ao passado reprodutivo permite traçar um plano terapêutico mais preciso e individualizado.
Caminhos para restaurar a fertilidade
Frisa Tosyn Lopes que o tratamento depende diretamente da causa identificada. Em situações mais simples, mudanças no estilo de vida, reeducação alimentar e acompanhamento de doenças crônicas já podem contribuir para restaurar a fertilidade.
Quando há alterações hormonais, terapias de reposição ou medicamentos indutores da ovulação costumam apresentar bons resultados. Já em casos de obstruções tubárias, baixa qualidade espermática ou falhas repetidas, as técnicas de reprodução assistida tornam-se opções relevantes, oferecendo alternativas como inseminação intrauterina, fertilização in vitro e injeção intracitoplasmática de espermatozoides, que aumentam consideravelmente as chances de sucesso.
Superar o desafio e reencontrar a esperança
Como aponta Oluwatosin Tolulope Ajidahun, lidar com a infertilidade secundária é um processo que exige acompanhamento multidisciplinar. Além dos médicos especialistas em reprodução humana, o suporte de nutricionistas e psicólogos pode ser essencial para conduzir o casal de forma integral, respeitando não apenas os aspectos físicos, mas também os impactos emocionais envolvidos.
A modernidade da medicina reprodutiva possibilita diversas estratégias, e quando o diagnóstico é precoce, as probabilidades de alcançar uma nova gestação tornam-se ainda maiores. A infertilidade secundária não deve ser vista como um obstáculo definitivo, mas como um desafio que pode ser superado com apoio médico, cuidado contínuo e adoção de hábitos de vida saudáveis.
Desse modo, buscar orientação qualificada nos primeiros sinais de dificuldade é a atitude mais assertiva para transformar a ansiedade em esperança e abrir espaço para a realização de um novo projeto de maternidade e paternidade.
Autor: Nairo Santos
As imagens divulgadas neste post foram fornecidas por Oluwatosin Tolulope Ajidahun, sendo este responsável legal pela autorização de uso da imagem de todas as pessoas nelas retratadas.