Alexandre Costa Pedrosa destaca que o tema do açúcar e dos ultraprocessados desperta grande preocupação entre pais, educadores e profissionais da saúde, já que esses alimentos, amplamente consumidos na infância, podem afetar não apenas o corpo, mas também o funcionamento do cérebro e o equilíbrio emocional.
Neste artigo, será abordado como o consumo excessivo de açúcar e produtos industrializados influencia o comportamento infantil, seus impactos cognitivos e emocionais, e as estratégias para promover hábitos alimentares mais saudáveis desde cedo.
Por que o açúcar e os ultraprocessados afetam o comportamento infantil?
O açúcar e os alimentos ultraprocessados possuem alto índice glicêmico, o que significa que elevam rapidamente os níveis de glicose no sangue. Essa oscilação causa picos de energia seguidos por quedas bruscas, influenciando diretamente o humor e a concentração das crianças. Estudos apontam que o excesso de açúcar pode causar irritabilidade, impulsividade e dificuldade de atenção, sintomas muitas vezes confundidos com transtornos comportamentais.
Os ultraprocessados contêm aditivos químicos, corantes e conservantes que afetam o sistema nervoso central. Substâncias como o glutamato monossódico e certos corantes artificiais estão associadas a alterações na atividade cerebral e hiperatividade. Alexandre Costa Pedrosa aponta que a alimentação infantil moderna, dominada por produtos de baixo valor nutricional, compromete o desenvolvimento cognitivo e a regulação emocional, interferindo no aprendizado e na socialização.
Como o consumo excessivo interfere na saúde mental das crianças?
A relação entre alimentação e saúde mental infantil tem ganhado cada vez mais atenção da comunidade científica. O cérebro infantil está em constante formação e depende de nutrientes essenciais, como vitaminas, minerais e ácidos graxos, para funcionar adequadamente. Quando a dieta é composta majoritariamente por alimentos ultraprocessados, há um déficit nutricional que afeta neurotransmissores importantes para o equilíbrio emocional, como a serotonina e a dopamina.

Esses desequilíbrios podem levar a sintomas como ansiedade, irritação e dificuldade de concentração. Crianças que consomem regularmente produtos ricos em açúcares e gorduras trans tendem a apresentar maior impulsividade e menor controle emocional. Alexandre Costa Pedrosa observa que os efeitos não são apenas imediatos: ao longo do tempo, o padrão alimentar pobre em nutrientes pode favorecer o surgimento de transtornos emocionais e comportamentais na adolescência e na vida adulta.
Como reduzir o consumo de açúcar e ultraprocessados na infância?
A mudança de hábitos alimentares deve começar dentro de casa e envolver toda a família. Optar por alimentação natural e equilibrada é o primeiro passo para reduzir os efeitos nocivos do açúcar e dos ultraprocessados. Frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas magras fornecem energia de forma estável, evitando os picos de glicose e ajudando na manutenção do foco e do bom humor.
Outra estratégia importante é educar as crianças sobre os alimentos que consomem. Envolvê-las no preparo das refeições e explicar a importância dos nutrientes pode despertar o interesse por escolhas mais saudáveis. Alexandre Costa Pedrosa recomenda também evitar recompensar comportamentos com doces, uma prática comum que reforça o vínculo emocional com o açúcar. Pequenas substituições diárias, como trocar refrigerantes por sucos naturais e biscoitos industrializados por opções caseiras, fazem grande diferença.
Quais são os benefícios de uma alimentação equilibrada para o comportamento?
Uma dieta equilibrada, rica em alimentos naturais, impacta positivamente o comportamento e o desenvolvimento infantil. Crianças que se alimentam de forma saudável apresentam maior estabilidade emocional, melhor concentração e mais disposição para atividades cognitivas e sociais. Alexandre Costa Pedrosa reforça que investir em uma alimentação saudável é uma das formas mais eficazes de garantir o equilíbrio comportamental e emocional das crianças, além de contribuir para uma vida adulta mais saudável e produtiva.
Autor: Nairo Santos
