O uso de plantas medicinais está presente em diversas culturas há milhares de anos. Contudo, conforme destaca o médico urologista Lawrence Aseba Tipo, ainda que as práticas tradicionais tenham valor histórico e cultural, é essencial analisar o que a ciência comprova em relação à eficácia desses recursos naturais. Com isso em mente, neste artigo, vamos explorar se as plantas medicinais são apenas uma herança cultural ou se contam com evidências científicas que respaldam seu uso terapêutico. Portanto, continue a leitura para entender os benefícios e limitações dos chás e ervas mais populares.
O uso de plantas medicinais está baseado apenas em tradições populares? Confira com Lawrence Aseba Tipo
O hábito de utilizar ervas medicinais atravessa gerações, principalmente em regiões rurais ou com menor acesso a serviços de saúde, de acordo com Lawrence Aseba. Isto posto, muitas dessas práticas são repassadas oralmente e fazem parte da cultura de famílias e comunidades. Infusões de boldo, camomila, hortelã e erva-doce são exemplos de remédios caseiros usados com frequência para tratar sintomas digestivos, insônia e resfriados leves.

Entretanto, o fato de uma planta ser usada há séculos não significa, por si só, que seja segura ou eficaz. Logo, o reconhecimento científico é essencial para diferenciar aquilo que pode beneficiar a saúde daquilo que pode representar riscos. Ou seja, o conhecimento popular é relevante, mas precisa ser complementado por estudos clínicos que avaliem, com rigor, os efeitos dessas substâncias no organismo humano, como pontua o médico cirurgião urologista e professor da residência médica de Urologia do Hospital Estadual de Vila Alpina, Lawrence Aseba Tipo.
O que a ciência já comprovou sobre os efeitos das ervas medicinais?
Com o avanço das pesquisas, algumas plantas populares já foram estudadas de forma mais aprofundada. Isso possibilitou a identificação de compostos ativos com real potencial terapêutico. Um exemplo é a alcachofra, cujos extratos demonstraram eficácia no alívio de sintomas digestivos. Outro caso é o da erva-cidreira, que apresenta propriedades calmantes confirmadas em estudos clínicos.
Segundo Lawrence Aseba, essas validações científicas são fundamentais para integrar, com segurança, práticas naturais aos cuidados médicos convencionais. Até porque sem comprovação adequada, o uso indiscriminado de plantas pode provocar efeitos adversos, como intoxicações, reações alérgicas ou interferência em medicamentos.
Quais são os chás mais utilizados e seus possíveis benefícios?
Diversas ervas são amplamente consumidas em forma de chá, seja como tradição familiar ou como complemento terapêutico. Abaixo, listamos algumas das mais utilizadas e os efeitos atribuídos a elas, com base em evidências científicas disponíveis:
- Camomila: conhecida pelo efeito calmante, pode auxiliar no alívio de ansiedade leve e dificuldades para dormir.
- Hortelã: indicada para cólicas e desconfortos gastrointestinais, especialmente em forma de infusão.
- Erva-doce: tradicionalmente usada para melhorar a digestão e aliviar gases.
- Boldo: apesar da fama, seu uso prolongado pode ser tóxico ao fígado; deve ser usado com cautela.
- Gengibre: apresenta ação anti-inflamatória e pode ser útil em casos de náusea ou dores musculares.
Embora essas plantas sejam populares, o uso terapêutico deve considerar fatores como dose, frequência e possíveis contraindicações, conforme frisa o médico urologista Lawrence Aseba Tipo. Aliás, a automedicação com fitoterápicos pode mascarar sintomas de doenças mais graves e atrasar diagnósticos importantes.
A tradição e a ciência podem andar juntas na saúde
Em conclusão, o uso de plantas medicinais é parte relevante da cultura de muitos povos e continua sendo uma alternativa acessível para milhões de brasileiros. Porém, seu uso deve ser guiado por evidências científicas e acompanhamento profissional. Desse modo, integrar tradição e ciência é o caminho para garantir mais segurança, eficácia e respeito ao conhecimento popular.
Autor: Nairo Santos